No hemisfério Norte os dias curtos e noites longas do Inverno que coincidem com o atual Natal, obrigavam as pessoas a ficarem recolhidas devido ao frio, as terras geladas não permitiam colheitas e justificavam a expressão de “tempos sombrios” em que tudo era escasso.
Após o Solstício de Inverno os dias começavam crescendo e no Equinócio da Primavera, o sol aparecia rompendo as nuvens, a temperatura subia e a esperança de um novo tempo de abundância alegrava os espíritos.
Desde tempos imemoriais que essa constante variação climática era celebrada com alegria.
Os dias mais quentes e longos iniciavam o período de sementeiras, mais conforto e alimento.
Existem registros de celebrações por esta altura do ano em todas as civilizações da Europa e mediterrâneo.
Podemos observar referências com alusões a celebrações e festejos de renascimento/ressurreição nas civilizações egípcias com festas em honra de Apís e Ísis.
O touro, Àpis, era considerado como deus pelos egípcios por facilitar a preparação das terras para as sementeiras que eram feitas nesta altura do ano.
Entre gregos e romanos, havia também celebrações neste período do ano, onde se relaxavam as regras e se faziam cortejos com máscaras e navios enfeitados que, curiosamente, também envolviam touros.
Os romanos festejavam a deusa Cibele "Mãe dos Deuses" ou Deusa mãe que simbolizava a fertilidade da natureza. Percorriam as ruas com barcos enfeitados com flores e frutos e entregavam-se aos prazeres esquecendo as regras e convenções sociais.
Os Judeus, tal como na antiguidade, ainda hoje celebram o Purim onde é tradição usar disfarces, máscaras, servir doces às crianças e distribuir presentes de comida e bebida a pobres e necessitados.
Mais a norte na Europa, os festejos eram tidos como um modo de afastar os maus espíritos dos dias de Inverno abrindo caminho para os alegres e radiosos dias de Primavera e Verão.
( Festividade de Primavera do Norte da Europa envolvendo Druidas, Elfos e Fadas que afastam a escuridão para que se possa celebrar os bons tempos )
O uso de máscaras e fantasias para ocultar quem violava as convenções, protegendo de retaliações futuras pelos atos cometidos ou, para assumir outras personalidades, é comum a todas as sociedades.
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Em Itália, que na época em que dominavam o comércio com o oriente, os ricos e poderosos comerciantes patrocinavam artistas e realizavam grandes acontecimentos sociais onde exibiam suas riquezas.
Em Veneza mandavam criar máscaras em porcelana, ouro ou prata, que adornavam com plumas e pedras preciosas para exibir nos bailes e cerimônias de carnaval.
(Pintura Festejos de terça-feira gorda no palácio ducal de Veneza datada de 1765)
O carnaval de Veneza é hoje conhecido pelas suas máscaras.
Nos Séculos XVII e XVIII as máscaras fizeram tanto sucesso que passaram a ser usadas pelas elites, não apenas no carnaval mas também em bailes que organizavam ao longo de todo o ano.
A razão para o sucesso desses eventos pode se explicar por as máscaras ocultarem a face das pessoas, permitindo assim o anonimato que impedia os outros de os reconhecer ao praticarem infedelidades.
As elites europeias competiam entre si para organizar os mais faustosos e animados carnavais particulares ao longo do ano.
(carnaval na Praça de S. Marcos, Veneza em 1610 )
(Pintura de baile de mascaras em Veneza Sec. XVIII)
(Ilustração do Sec. XVIII e Pintura do Sec. XIX)
Na Europa em geral o carnaval sempre foi tempo de exageros, provocações e zoeira com as pessoas.
Os folguedos e exageros eram apreciados pelas populações que se divertiam satirizando costumes e aproveitando para criticar cidadãos que noutras épocas impediam criticas com o uso do seu poder e censura.
Nas ruas formavam-se cortejos de pessoas agitadas que dançavam ao som de ritmos marcados por bombos e gaitas, enquanto provocavam e assustavam os outros arremessando farinha e água.
As classes mais abastadas não apreciavam essas práticas populares, contudo tinham a suas versões de cortejos que consideravam mais sofisticados e de acordo com os seus conceitos, o que não os impedia de fazer também os seus folguedos e cortejos folgando como os demais.
Os poderosos da realeza e do clero eram alguns dos alvos preferidos de zombarias e vexames populares, o que motivou várias tentativas de acabar com os festejos que eram considerados pagãos.
Todas as tentativas de acabar com o carnaval se revelaram incapazes de o impedir.
Alguns artistas registraram nas suas obras essa luta que poderosos e religiosos travaram contra os festejos e folguedos do carnaval popular.
No Sec. XVI, Bruegel com o espírito crítico que o caracterizava, expressou essa disputa numa magistral pintura que representa a Batalha entre o Carnaval e a Quaresma, onde de um lado podemos observar as folias e folguedos e do outro as procissões e predicas religiosas dos mais devotos, mostrando graficamente o contraste entre essas posições antagônicas, que nos abre uma janela do tempo para observar os usos e costumes da época.
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( Batalha entre carnaval e páscoa - Pintura de Bruegel datada de 1559 )
Em Portugal a festa da Primavera, chamava-se Entrudo, eram 3 dias de folguedo que antecediam a quaresma, sendo que em muitas localidades do Norte do país ainda se usa esse termo.
No Brasil, o termo Entrudo foi usado até meados do Sec. XIX tendo sido proibido por pressão dos religiosos.
Mas a proibição não impediu os folguedos que mais tarde passaram a ser denominados por Carnaval, aportuguesando a expressão usada no norte da Europa.
( Folguedos de carnaval - Rio de Janeiro 1835 )
Ao longo das épocas esses eventos estimularam artistas a representar esses acontecimentos criando imagens que são interessantes elementos decorativos e que a GoianArte tem a honra de disponibilizar no Brasil para decoração. Para aceder às imagens é só clicar no menu Galerias ou no menu Coleções.
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Carnaval eram o nome que, na Europa do Norte, se dava aos cortejos que antecediam os Torneios ou os cortejos de celebração de feitos e coroação de reis, onde as pessoas se divertiam e desfilavam para exibir o seu poder e domínios, sendo que se referia também aos dias que antecediam a Quaresma. Os cortejos dos torneios tem muitas semelhanças com os cortejos de carnaval nos nossos dias.
As comitivas dos Reis e Senhores medievais chegavam exibindo o seu poder em formações engalanadas a cavalo e em carros decorados com ricos tecidos e exibindo estandartes.
No desfile das comitivas eram integradas representações das possessões e territórios conquistados.
Como exemplo, veja-se uma fantasia imitando os índios das américas apresentada em um torneio em 1596.
As histórias de feitos e lendas eram representadas em carros alegóricos que podemos facilmente relacionar com os cortejos atuais.
As fantasias eram vistas pela população com grande interesse e quanto mais fantáticas mais apreciadas eram, pelo que as comitivas também competiam entre si para apresentar fantasias que impressionassem.
Após o desfile das fantasias, era a vez dos cavaleiros entrarem no terreiro do torneio.
Com armaduras brilhantes e tecidos raros e vistosos exibindo os brasões de familia transmitindo imagem de nobreza e valentia a quem observava, reforçando a sua posição de poder.
Acompanhando os cavaleiros seguiam os pagens e bobos da corte que faziam tropelias e provocavam as torcidas dos adversários.
Nos camarotes os nobres e membros do clero assistiam, sendo que era costume os homens terem camarotes separados das mulheres e crianças.
Após os cortejos era dado inicio às peleias onde cada cavaleiro exibia a sua bravura e valentia.
É fácil reconhecer nestes eventos a linha da história que conduz aos carnavais dos nossos dias e as origens do modo como se desenrolam os nossos carnavais.
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